A obra é uma poderosa metáfora sobre:
• política organizacional,
• gestão da imagem,
• manipulação institucional,
• preconceito estrutural,
• liderança humanizada,
• poder das narrativas,
• e a coragem de ser diferente num ambiente que exige conformidade.
Assim como o mundo corporativo, Oz é um lugar onde a versão oficial dos fatos muitas vezes vale mais do que a verdade — e onde pessoas brilhantes podem ser rotuladas, silenciadas ou usadas como bode expiatório.
A seguir, uma análise aplicada de Wicked ao ambiente organizacional.
________________ por Altivânio Azevedo
1. Elphaba: A profissional talentosa que sofre preconceito organizacional
Elphaba nasce com uma característica que a diferencia — e, por isso, é rejeitada antes mesmo de ser compreendida.
No mundo corporativo, ela representa profissionais que sofrem:
• preconceito,
• julgamento precoce,
• estigmatização,
• exclusão sutil,
• resistência por serem “diferentes” do padrão,
• punição por terem ideias ousadas.
Apesar disso, é:
• talentosa,
• ética,
• comprometida,
• emocionalmente inteligente,
• profundamente competente.
Lição corporativa:
Empresas perdem talentos quando julgam aparência, personalidade ou estilo antes de avaliar competência.
2. Glinda: Popularidade vs. Competência
Glinda utiliza:
• charme,
• sociabilidade,
• influência,
• visibilidade,
para conquistar espaço e reconhecimento, mesmo sem dominar habilidades profundas.
Ela representa o profissional que ascende pela:
• reputação,
• networking,
• imagem positiva,
• política organizacional,
• habilidade de agradar.
E isso não significa que ela seja “errada”, apenas que seu capital está nas relações, não na profundidade técnica.
O que podemos aprender com isso?
Popularidade também é um tipo de poder — e influencia promoções, oportunidades e percepções.
As empresas frequentemente valorizam mais quem fala bem do que quem entrega bem.
3. O Mágico de Oz: Liderança baseada em imagem, não em competência
O Mágico é o líder que:
• é carismático,
• domina narrativas,
• encanta o público,
• mas carece de substância,
• manipula informações,
• cria “vilões” para manter controle,
• e transforma problemas próprios em falhas alheias.
É o típico gestor que:
• delega a culpa,
• esconde erros,
• utiliza comunicação para mascarar insegurança,
• promove injustiças internas,
• cria divisões para manter poder.
Ou seja, liderança sem competência real se sustenta apenas pela manipulação da narrativa.
4. A manipulação institucional: Como organizações criam “vilões convenientes”
Em Wicked, o sistema transforma Elphaba na vilã — não porque ela é má, mas porque é útil ter alguém para culpar.
No ambiente corporativo, isso acontece quando:
• alguém é responsabilizado por um problema estrutural,
• um talento é silenciado por ameaçar a zona de conforto,
• equipes transformam o inovador em “complicado”,
• líderes criam narrativas para encobrir falhas próprias,
• empresas escolhem bodes expiatórios para evitar assumir responsabilidade.
Narrativas internas podem destruir carreiras — mesmo quando não refletem fatos.
5. A jornada de Elphaba e Glinda: Rivalidade que vira respeito
Inicialmente, as duas protagonistas competem.
Depois, reconhecem o valor uma da outra.
Isso representa:
• conflitos comuns em equipes,
• diferenças de perfil,
• disputas por atenção ou recursos,
• crescimento pessoal ao compreender o outro.
E, principalmente, mostra que:
• diversidade de habilidades fortalece equipes,
• respeito supera rivalidade,
• colaboração entre opostos gera resultados extraordinários.
Lição corporativa:
Times de alta performance valorizam perfis diferentes — não tentam uniformizá-los.
6. “Defying Gravity”: Quando o profissional decide romper o sistema.
O momento icônico em que Elphaba decide seguir seu próprio caminho representa:
• o colaborador que não aceita mais injustiça,
• a decisão de romper com culturas tóxicas,
• a coragem de inovar apesar da resistência,
• a identidade que se fortalece diante da opressão.
É quando o profissional diz: “Não vou mais me curvar para caber em caixas que não fazem sentido.”
Isso nos ensina que:
Talentos autênticos preferem deixar a organização do que se trair internamente.
Empresas perdem suas “Elphabas” por não saber valorizar autenticidade.
7. Oz como organização: Cultura que premia conformidade e pune autenticidade.
A cidade de Oz:
• idolatra imagens,
• rejeita o diferente,
• pune perguntas,
• exige obediência,
• manipula fatos,
• controla percepções,
• valoriza aparência mais que essência.
Essa cultura reflete empresas que:
• vivem de política interna,
• promovem quem agrada,
• desestimulam pensamento crítico,
• criam favoritismos,
• não reconhecem talentos divergentes.
Ambientes que sufocam autenticidade produzem conformidade — não inovação.
✨ Conclusão: O que Wicked ensina ao ambiente corporativo?
O filme é uma metáfora poderosa sobre:
• injustiças organizacionais,
• distorções de narrativa,
• manipulação institucional,
• preconceito contra perfis não convencionais,
• liderança de fachada,
• rivalidade transformada em respeito,
• e a força da autenticidade.
A grande mensagem corporativa é: Toda empresa tem sua “Elphaba” — alguém extraordinário que o sistema tenta rotular porque não consegue controlar.
E toda organização precisa escolher se quer ser Oz ou quer ser um lugar onde pessoas autênticas possam voar.
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