🎈 IT – O FILME: Uma análise sobre Medo, Cultura e Comportamento no Ambiente Corporativo

    Embora seja conhecido como um dos filmes de terror mais emblemáticos do cinema moderno, IT, no fundo, uma metáfora poderosa sobre como o medo, quando ignorado ou reprimido, pode paralisar pessoas, dominar ambientes e comprometer resultados.

    O palhaço Pennywise representa muito mais do que um monstro: ele simboliza ameaças psicológicas, inseguranças, traumas e medos coletivos — elementos presentes em muitas organizações.

    Assim como os personagens do filme, profissionais e equipes corporativas também lidam com desafios invisíveis, estruturas opressoras, silêncios perigosos e problemas que crescem quando não são enfrentados.

A seguir, uma análise aplicada de IT ao mundo corporativo.

________________ por Altivânio Azevedo


1. Pennywise: A personificação dos medos corporativos


No filme, Pennywise assume a forma dos maiores medos de cada criança.

Nas empresas, os “Pennywises organizacionais” aparecem como:

medo de errar,

medo de decepcionar líderes,

medo de ser demitido,

medo de não ser bom o suficiente,

medo de conflitos,

medo de pedir ajuda.

Assim como no filme, esses medos:

crescem quando são ocultados,

se fortalecem no silêncio,

drenam energia emocional,

impedem inovação e criatividade.


O que podemos aprender com isso?

    Empresas que cultivam medo como ferramenta de gestão criam ambientes paralisados, improdutivos e emocionalmente exaustivos.


2. Derry: A cidade que ignora seus problemas

A cidade de Derry parece “normal”, mas convive com uma ameaça silenciosa que todos preferem ignorar. Problemas desaparecem sem explicação, crianças somem e… ninguém fala sobre isso.

Isso representa ambientes organizacionais onde:

conflitos são varridos para debaixo do tapete,

comportamentos tóxicos são normalizados,

líderes abusivos são protegidos,

dados e riscos são escondidos,

“não falar” parece mais seguro do que enfrentar.

Lição corporativa:

Organizações adoecem quando evitam conversas difíceis.

Transparência é sempre a primeira defesa contra crises.


3. O Clube dos Perdedores: Colaboração autêntica e união contra a adversidade

    O grupo de crianças — The Losers Club — é um dos melhores exemplos de equipes de alta performance, porque reúne:

diversidade de perfis,

confiança mútua,

comunicação aberta,

vulnerabilidade compartilhada,

coragem coletiva.


Cada personagem contribui à sua maneira: inteligência, coragem, humor, estratégia, observação.

Ninguém vence sozinho, assim como em times corporativos.


O que isso nos ensina?

Equipes fortes enfrentam seus medos juntas.

O trabalho colaborativo é mais poderoso do que qualquer ameaça externa.


4. Liderança distribuída: o papel de Bill e a força do propósito

Bill, mesmo sendo jovem e inseguro, lidera o grupo não por imposição, mas porque:

tem propósito claro,

inspira coragem,

coloca o time à frente do ego,

confia nos outros,

comunica com vulnerabilidade,

não promete certezas, mas mostra caminho.

Esse é o modelo moderno de liderança:

horizontal,

empática,

colaborativa,

conectada ao propósito.


O que Bill trás pra gente é: A liderança mais eficaz não nasce do poder formal, mas da confiança que inspira.


Nesse momento, tenho que escrever sobre algo muito sério:

5. O poder do medo coletivo: quando a cultura alimenta o monstro

Pennywise só se fortalece porque as pessoas têm medo — e escondem esse medo.

Da mesma forma, culturas organizacionais negativas se alimentam de:

fofocas,

competição tóxica,

silêncio,

insegurança,

falta de transparência,

falta de acolhimento.


Quanto mais medo existe, mais o “monstro” interno da empresa cresce.


Mas, não vamos alimentar esse medo. Nosso papel é encará-lo de frente com coragem. Por isso tenho que concluir com um ponto-chave:

6. O enfrentamento: medo perde força quando é encarado

A virada no filme acontece quando o grupo finalmente encara Pennywise sem fugir.

O monstro perde força quando não causa mais pânico.

Essa é uma metáfora clara sobre:

conversas difíceis,

conflitos internos,

erros assumidos,

pedidos de ajuda,

mudanças necessárias.

O medo diminui quando é nomeado.

Problemas diminuem quando são enfrentados.


 Lição corporativa:

Maturidade profissional é a capacidade de lidar com desafios de frente — e não fingir que eles não existem.

Ciclos só são quebrados quando consciências são despertas — e ações concretas são tomadas.


🎈 Conclusão: O que IT ensina ao ambiente corporativo?

    O filme, apesar do terror explícito, entrega mensagens profundas sobre comportamento humano e cultura organizacional:

O medo só cresce quando é silenciado.

Conflitos evitados se tornam ameaças maiores.

Equipes colaborativas vencem desafios impossíveis.

Liderança baseada em propósito transforma grupos comuns em times extraordinários.

Ambientes tóxicos consomem energia, criatividade e saúde mental.

Problemas retornam quando não são tratados em sua raiz.


Em última análise, IT – A Coisa nos lembra que:  O maior monstro de uma empresa nunca está do lado de fora — ele surge das sombras que o próprio ambiente permite existir. E, assim como no filme, a solução está na coragem, na união e na cultura que escolhemos construir todos os dias.