Autoestima corporativa não é um detalhe motivacional, é uma estratégia de crescimento.

    Se existe algo que tenho confirmado nas minhas viagens e treinamentos, é que empresas não são apenas estruturas, processos e números. Elas são, primordialmente, feitas de pessoas, e pessoas carregam energia, crenças e sentimentos. Quando essa energia é positiva e a empresa acredita em si mesma, o reflexo aparece nos resultados de forma surpreendente. É aí que entra a autoestima corporativa.

    Nesse momento, estou sentado próximo ao portão 1 do Aeroporto de Goiânia, aguardando para embarcar no Voo 1-9-9-7 com destino ao aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro. Em minha frente tem 21 pessoas. Faço questão de deixar esse registro, pois esse texto vai tratar de algo que pode ser visto claramente nesse local onde estou.

   Observando o movimento ao meu redor, vejo pessoas apressadas, outras estressadas, algumas ansiosas e até as que passam um certo ar de indiferença, talvez, por já estarem tão acostumadas que, qualquer voo é mais um voo. "Sempre foi assim, não muda!" (Vocês já ouviram isso?).

    Mas, não posso deixar de citar o comportamento dos passageiros que encaram a viagem com tranquilidade e passam um ar de segurança e domínio da situação que estamos prestes a vivenciar. Esses passageiros são aqueles que bastam chegar no aeroporto deslizando suas malas de rodinhas, que todos os olhares se viram para eles. E, acreditem, estou observando essa cena exatamente agora. É o tipo de pessoa que eu gostaria que sentasse na poltrona ao lado da minha no avião, pois não vai ser bom passar uma hora e meia de voo com alguém estressado, chateado ou ansioso ao meu lado.

    Assim como um passageiro confiante encara uma viagem com tranquilidade, profissionais que possuem autoestima fortalecida atuam de forma mais engajada. A autoestima corporativa, nesse sentido, não é apenas sobre o indivíduo, mas sobre a cultura organizacional: trata-se da confiança coletiva de uma empresa em sua identidade, em seus valores e na relevância do que entrega ao mercado.

    Uma empresa com autoestima elevada transmite confiança de dentro para fora. Os colaboradores sentem orgulho de fazer parte, os líderes se tornam mais inspiradores e os clientes percebem essa força em cada detalhe do relacionamento. Essa segurança gera motivação e engajamento, que se transformam em produtividade. Em outras palavras: quando a equipe acredita na empresa, ela dá o seu melhor — e isso se reflete em resultados concretos e desejo do mercado.

    Por outro lado, quando a autoestima corporativa está fragilizada, a empresa vive um ciclo difícil: os colaboradores trabalham apenas para “cumprir tabela”, a comunicação perde clareza, surgem resistências para inovar e até os clientes percebem uma certa insegurança. O resultado? Queda no desempenho, aumento da rotatividade e perda de competitividade.

    Podemos dizer que a autoestima corporativa é como o “oxigênio” de uma organização. Ela não aparece nos relatórios de imediato, mas sustenta tudo o que gera valor: desde o clima organizacional até a imagem da marca no mercado. Quando uma empresa acredita em si, ela comunica melhor sua visão, inspira seus colaboradores e fortalece sua marca. Isso se traduz em números consistentes e é nesse momento que a autoestima corporativa é refletida nos indicadores. Afinal, uma equipe que se sente valorizada e orgulhosa de onde trabalha tende a buscar constantemente melhorias para superar desafios com mais energia.

    Assim como um passageiro espera seu voo confiante de que chegará ao destino, empresas com autoestima corporativa elevada também seguem seu caminho com clareza, resiliência e motivação  e é o que faz a diferença no alcance de grandes resultados. Por isso, investir na autoestima corporativa na empresa não é um detalhe motivacional, é uma estratégia de crescimento.