Enquanto eu caminhava pela mostra, fiquei pensando em como isso bate direto na vida adulta e, especialmente, na vida dentro das empresas. A gente cresce, ganha crachá, recebe metas e planilhas, mas muitas vezes perde aquele gás de experimentar, de tentar o novo sem medo, de errar com coragem e de rir depois. Parece que a autoestima profissional vai se escondendo atrás de cargos e relatórios.
Só que Ziraldo me fez refletir. Ele me lembrou que o Menino Maluquinho era um sucesso não porque era perfeito, mas porque era inteiro. Ele era do tipo que chegava com a alma acesa, acreditava no que podia se tornar e transformava a própria energia em combustível para os outros. No fim, isso é ser um fenômeno no trabalho. Não é ser o funcionário que nunca falha, e sim o que sabe que pode aprender, melhorar e inspirar.
Saí da exposição com uma vontade quieta de carregar esse espírito comigo. Quero ser mais curioso e ainda mais inteiro no que faço. Quero lembrar que, mesmo adulto, posso ter minhas loucurazinhas poéticas, minhas "inventações" e minha coragem de dizer: eu posso ser melhor hoje. No fundo, Ziraldo só reforçou o que eu já sabia, mas esquecia no meio dos e-mails. Dentro de cada empresa, existem profissionais que pode ser fenômenos no que fazem. Basta que se permitam. Basta que acreditem no próprio brilho.
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